Não sei se era noite ou se era dia
Perdi a noção do tempo, do espaço.
Não havia música, nem harmonia
Só havia incerteza a cada passo.
Esse era o calabouço da tua convivência.
De dia: tua palavra fria.
E à noite,
Tua indecência.
Não sabia o que era paixão,
Pois isso me era tão raro...
Quando procurei já não havia razão
Você me prendeu no teu olho claro.
Te beijava e você não era minha
A cada lua nova eu era trocado.
Quando você voltava sentia frio na espinha
Como quem pressente um mau-presságio.
Mas ainda assim lhe era devotado
Ser iludido pelos teus lábios era minha sina.
Pobre de mim, fui derrotado
Pelos desejos daquela menina...
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